A magia do Carnaval de Veneza, onde o importante é ficar no anonimato
Caro amigo,
Fevereiro é sinônimo de Carnaval. Porém, estamos longe de ser os únicos que comemoram a chegada do agito, que consome as ruas, avenidas – e sambódromos – do nosso País. Talvez você ache que eu esteja te colocando em uma fria ao aconselhar o inverno europeu nesse maravilhoso calor do verão brasileiro. O que posso pedir é a sua confiança para seguir comigo e explorar uma cidade que vive a fantasia de sonhar no Carnaval.
Veneza torna a escuridão do inverno em uma explosão de vida no início do ano. Entre os dias 23 de janeiro e 9 de fevereiro, o momento mágico que se instaura entre os canais convoca os visitantes a caírem na brincadeira e comprarem suas máscaras nas diversas por ali espalhadas. Aliás, a vestimenta símbolo dessa celebração é de extrema importância para o carnaval veneziano.
Suas origens apontam para tradições centenárias da Itália, quando as máscaras eram usadas para esconder a identidade e a classe social do usuário, de maneira que fosse possível participar de ocasiões especiais, encontros românticos e até atos ilícitos, como jogos de azar e assassinatos políticos. Durante as festas, foi uma maneira de aproximar camponeses e aristocratas, que dançavam em harmonia, longe das convenções diárias as quais estavam submetidos.
Assim como no século XIII, o propósito da máscara segue o mesmo no carnaval de Veneza, onde turistas e moradores se vestem da maneira mais extravagante possível para contemplar a extensa programação de festividades. Próximos uns aos outros, eles cercam o Grande Canal, o mais importante da cidade, para observar o Corteo Acqueo, um desfile carnavalesco sobre as águas.
A chegada dos barcos ao famoso rio de Cannaregio significa a abertura das barracas gastronômicas, que oferecem especialidades de Veneza como o cicchetti, pequenos aperitivos em forma de sanduíche, e o galani (acima), típica sobremesa local. Porém, o evento que inaugura oficialmente o carnaval é o tradicional Dolo dell'Angelo, ou voo do anjo, na tradução literal. Uma colombina, personagem de um gênero popular do teatro italiano, desce o Campanário da Praça de São Marcos em direção ao Palácio Ducal para entregar o cetro ao Doge, dirigente máximo da República de Veneza entre os anos de 697 e 1797.
A entrega é feita pela Maria da edição anterior, uma espécie de rainha do carnaval. Aliás, as belas moças que concorrem ao trono costumam participar de diversos eventos para promover a festa na cidade. A premiação acontece na principal praça veneziana, onde as candidatas representam as doze donzelas prometidas como esposa do Doge de 1039, Pietro Candiano III.
Encontre sua mascara e vamos celebrar o Carnaval de Veneza!
Forte abraço!
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