O lado francês da ilha caribenha que vai além de sombra e água fresca
Imagine o menor pedaço de terra do mundo, na imensidão azul do Caribe, dividido entre duas nações. Do lado sul, os holandeses, com a porta de entrada para os cruzeiros e o aeroporto mais movimentado da região. Do lado norte, o sossego, o charme francês e a fama gastronômica. Em qualquer lugar dos seus 93 quilômetros quadrados: vizinhança em harmonia, praias paradisíacas e compras livres de impostos. Saint-Martin ou Sint-Maarten, dependendo do lado que você escolher, é aquele destino que tem todos os ingredientes para agradar a qualquer visitante. Desta vez, mergulhei na face francesa da ilha.
Marigot, a vila pesqueira que virou capital, dá as boas-vindas com o Fort St. Louis e sua vista esplêndida para a baía repleta de barcos de luxo ancorados. Bares e bistrôs com mesinhas na calçada, galerias de arte e até uma feirinha de artesanato dão o tom colorido do lugar. Dali em diante é seguir o roteiro praia a praia e se esbaldar. A ilha tem 37 opções e a maior parte está do lado francês.
Orient Bay é a mais badalada, considerada a St-Tropez do Caribe. É o lugar certo para ver e ser visto. Os barcos a procura de agito se aproximam da faixa de areia tomada pelas confortáveis espreguiçadeiras. Por todos os lados jet skis, paraglides e até pula-pula. No canto esquerdo, o bar e restaurante Waikiki Beach serve refeições e drinques, mas também tem seus dias de festa, champanhe e muita música. No canto direito, separado por algumas pedras, há um clube nudista.
Para quem busca natureza e sossego há uma belíssima trilha bem selvagem até a deserta praia Petites Cayes. Depois de uns 30 minutos de caminhada na mata fechada sobre uma colina íngreme encontra-se a recompensa: um pedaço do Caribe só para você. Mas se o seu estilo é mais prático, contrate um barco para um passeio pela Reserva Natural Nacional, em Anse Marcel. No roteiro não pode faltar um mergulho na despovoada ilha Tintamarre, a uns quatro quilômetros da costa. São poucos barcos que dividem o belíssimo cenário, com sorte dá para ver algumas tartarugas e com o snorkel, muitos peixes coloridos e estrelas-do-mar.
Mas entre tantas opções sempre há uma preferida. Para mim, a ilha de Pinel é a mais sedutora. Dá para chegar de barco ou caiaque, mas o ideal é não ter hora para ir embora. O lugar tem um visual de cair o queixo, o endereço certo para esquecer a vida e o relógio. Dois restaurantes pequenos servem frutos do mar fresquinhos e diferentes coquetéis. No Karibuni é possível escolher a própria lagosta e degustar peixes, mariscos, camarões e os famosos acras, um típico bolinho de bacalhau caribenho, sob um telhadinho de sapê na areia.
À noite, o vilarejo Grand Case é a dono da festa. Todas as terças de janeiro a abril têm gastronomia, música, espetáculo e arte. Não tem como não se encantar com o jeitão descontraído do Calmos's Café, um bar, restaurante, butique e balada beira-mar, com mesinhas pé na areia. No cardápio: luz de vela, música boa, tapas francesas, drinques à base de rum, atendimento impecável, céu estrelado e o mar do Caribe cheio de barquinhos para dar um charme extra à paisagem.
Mas a fama de capital gastronômica do Caribe não fica só por aí, o balneário conquistou reputação internacional. A diversidade culinária e o frescor dos produtos deixam uma extensa lista de opções para qualquer turista ficar perdido. Ainda no mesmo bairro, o premiadíssimo Le Pressoir, instalado em uma casa crioula do século 19, tem como seus proprietários Mélanie e Franck Méar. O casal propõe uma cozinha francesa com toques caribenhos acompanhados de uma invejável seleção de vinho. O menu tem até a safra de 2009 do Romanée-Conti Grand Cru, o vinhedo mais valioso do planeta, a 14 mil euros.
Mas se quiser levar algumas garrafas na mala, a maior adega do Caribe fica no restaurante e loja Bacchus. É como se você tivesse em uma versão micro dos melhores mercados parisienses. Caviar, foie gras, queijos, pâtisseries fazem parte do menu e da desejada vitrine.
- DICA ALÉM DAS PRAIAS E DOS PRATOS
Para uma experiência tipicamente francesa, a loja de perfumes Tijon, em Grand Case, fabrica seus próprios cosméticos à base de produtos naturais e oferece oficinas para criar sua própria fragrância.
- O único cinco-estrelas
Apesar da grande variedade de hospedagem que St. Martin oferece, o Belmond La Samanna, do braço hoteleiro do grupo Orient-Express, é o único cinco-estrelas. É aquele tipo de hotel-destino: o lugar é tão bacana por si só que tudo ao seu redor é lucro. Sua estrutura em estilo mediterrâneo com oito vilas e 83 apartamentos e suítes entre jardins de frente para o mar emoldura uma das praias mais belas da ilha, a exclusiva Baie Longue, com uma falésia de tirar o fôlego. Sempre na lista dos melhores resorts do Caribe, o La Samanna também oferece duas piscinas incríveis, gastronomia de ponta com várias opções de restaurantes, inclusive um dentro de uma adega com mais de vinte mil rótulo, spa e uma série de atividades.
Além de St. Martin reunir todos os atributos para uma estadia inesquecível em uma das ilhas mais atraentes do Caribe, também é ponto de partida para a descoberta de outros destinos como Saint-Barthélemy e Anguilla.
* Companhia de Viagem viajou a convite da Secretaria de Turismo de Saint-Martin, em parceria com a Atout France (Agência de Desenvolvimento Turístico da França), e com o apoio da Copa Airlines.
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