Fuja do óbvio com a beleza inesgotável do Atacama
A paisagem é repleta de rios, vulcões, desfiladeiros, lagos, gêiseres, salares, dunas e termas naturais. Essa é a moldura do deserto mais alto e árido do planeta. O vilarejo San Pedro de Atacama, ao norte do Chile, fica a 2.800 metros de altitude e a grande maioria das atrações da região está em lugares ainda mais elevados. Chegar não é tarefa fácil, mas vale o esforço. É necessário fazer uma conexão em Santiago do Chile para Calama e depois percorrer quase 100 quilômetros de carro. Durante o trajeto já é possível sentir como serão os próximos dias.
Ficamos no Tierra Atacama Hotel & Spa. A arquitetura, o interior, o terreno e a paisagem desse lugar tem total harmonia. Souberam preservar as influências culturais locais sem perder o conforto e a descontração que os hóspedes procuram. Os 32 quartos têm varanda ou janela para o vulcão Licancabur e lugar para observar as estrelas. E a gastronomia é criada diariamente a partir de ingredientes frescos e saudáveis dos arredores.
Para cair na estrada, os guias de altíssimo nível do hotel, oferecem mais de 20 opções de excursões, de carro, bicicleta, a cavalo ou a pé, com toda a estrutura recomendada. A jornada de estreia foi ao Vale da Lua e ao Vale da Morte, com uma parada no Mirante de Kari, na Cordilheira do Sal, a sudeste de San Pedro do Atacama. Encontramos formações rochosas, resultantes da erosão fluvial, do vento, da chuva e das temperaturas extremas. Um dos passeios mais básicos, simples e belos do deserto.
À tarde seguimos para o Salar do Atacama, perto do povoado de Toconao. São 320 mil hectares com cristais de sal formados pela evaporação das águas subterrâneas. Todo o campo é alimentado pelo lençol freático andino, formando a Laguna Chaxa, localizada na Reserva Nacional dos Flamingos. Apesar de não ter a quantidade de flamingos exagerada como esperávamos, o pôr do sol nos proporcionou uma visão deslumbrante do nosso primeiro dia no deserto.
No dia seguinte, a saída para os Gêiseres del Tatio aconteceu bem cedo, lá pelas 5h, sem café da manhã e com muito chá de coca para enfrentar os 4.300 metros acima do nível do mar. Depois do trajeto de duas horas chegamos ao campo geotérmico de onde afloram vários poços d'água fervente que produzem colunas de vapor de mais de 12 metros de altura. O frio é intenso (pode chegar a menos 17 graus!) e tem gente com coragem de colocar o biquíni e mergulhar na piscina termal. Para esquentar, os guias preparam uma mesa com lanchinhos e bebidas quentes antes de partir.
Despedir-se de um lugar que traz tantas experiências e voltar à realidade nem sempre é fácil. Mas, antes de partir, tínhamos uma viagem de 120 quilômetros até as Lagunas Altiplânicas. E quando achei que nada mais me surpreenderia por aqui, meus olhos viram a cena mais linda que a natureza poderia apresentar. Aos pés de uma cadeia de vulcões, sob um céu azul, e cercado por uma vegetação dourada, estava a "chocante" laguna Miscanti. Foto nenhuma consegue retratar o que é este lugar.
E foi assim, diante do nosso piquenique, contemplando toda essa energia boa que o deserto oferece, que terminamos a viagem para esse lugar de beleza inesgotável!
Forte abraço!
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