Mãos gigantes chamam a atenção para ameaça que ronda Veneza, na Itália
Veneza é uma das várias regiões do mundo ameaçadas pela subida do nível das águas do mar. A aumentar a um ritmo recorde, uma investigação realizada pela Universidade de Harvard em 2014 concluiu que, nos últimos 25 anos, o mar ganhou mais de 250% de espaço à terra firme do que nos últimos 90 anos do século passado. Em 2100, a água poderá elevar-se de tal maneira que muitas ilhas e zonas costeiras desaparecerão do mapa.
O Acordo de Paris, assinado por 195 países, estabeleceu como meta manter o aquecimento global abaixo de 2ºC. Mas o quanto as pessoas que não acompanham as notícias sobre mudanças climáticas estão cientes do real problema? Se depender do artista italiano Lorenzo Quinn essa situação vai mudar, nem que seja ao visitar um dos principais cartões postais da Itália.
Feito para a Bienal de Arte de Veneza 2017, o projeto chamado de "Support" mostra duas mãos gigantes surgindo do Grande Canal para apoiar um hotel, como que para proteger ele do seu destino de ser consumido pelo aumento dos níveis de água. Segundo Lorenzo, a ideia é que as pessoas entendam que precisam reagir ao aquecimento global antes que seja tarde demais.
"Veneza é uma cidade de arte flutuante que inspirou culturas durante séculos", disse Lorenzo Quinn à Halcyon Gallery. "Mas, para continuar assim, precisa do apoio da nossa geração e dos futuros, porque está ameaçada pelas mudanças climáticas e pela decadência do tempo".
Segundo o artista, o apoio das mãos no prédio quer mostrar a esperança na tentativa de manter o edifício acima das águas, mas com o medo de destacar a fragilidade da situação.
"Eu queria esculpir o que é considerado a parte mais difícil e mais tecnicamente desafiadora do corpo humano. A mão tem tanto poder – o poder de amar, odiar, criar, destruir"

Foto: Divulgação

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